sexta-feira, 24 de junho de 2011

PETRUS 1994

Eita sonho de consumo de todo Sibarita! ainda mais 1994. Estávamos no DOM em SP desfrutando o menu degustação: tinha publicitário, médico, empresários e o sibarita. Quem entrou no racha desta joia? estavam comemorando o que? Como este rei dos vinhos foi parar na mesa destes comensais ?




No Planalto do Pomerol, 40 metros de altitude, no sudoeste da França, existe uma terra argilosa, rica em ferro e abençoada pelo deus Baco. São 11,4 hectares às margens do rio Dordone onde estão plantados 62.700 videiras — 95% de uvas do tipo merlot e 5% de cabernet franc. As trepadeiras lenhosas da família das vitáceas (Vitis vinifera) tem, em média, 35 anos de idade; são a matéria prima — e divina — para a produzir selecionadas 30.000 garrafas anuais de Pétrus. Segundo as planilhas dos economistas da Escola nacional de engenheiros de trabalhos agrícolas de Bordeaux, calcula-se que o custo para esse tipo de vinhedo é da ordem de 12.700 euros por hectare. Considere que a elaboração do Pétrus é das mais meticulosas. Não é nenhum exagero imaginar o custo de 15.000 euros por hectare. Ou seja, 5,70 euros a garrafa do vinho mais famoso no mundo.
A garrafa do Pétrus, safra 2005, é vendida atualmente a particulares (deduzido o imposto de 19,6%, equivalente ao ICM, no Brasil) por 450 euros. Nos melhores adegueiros e lojas de vinho, a garrafa do tesouro da família Moueix chega às prateleiras com a etiqueta estampando 4.500 euros. Em 2002, os proprietários do Pétrus mandaram construir um salão de festas e um depósito. O projeto milionário foi erguido a partir das pranchetas do escritório de arquitetura Herzog & De Meuron, criadores do Ninho do Pássaro, o estádio olímpico de Pequim. O preço deve ser adicionado na garrafa do Pétrus. O preço da colheita e vinificação representam um suplemento em torno de 4 euros por garrafa. As garrafas são produzidas em pequena quantidade e os rótulos, impressos como notas de dinheiro para dificultar a falsificação. Estima-se que as duas despesas representam entre 8 e 10 euros. Portanto, o custo de produção fica entre 17,70 e 19,70 euros.
A empresa J.P. Moueix emprega 120 pessoas para produzir o Pétrus, um contingente mais numeroso do que a média na região de Bordeaux. Há que adicionar no preço da garrafa, as despesas administrativas, contáveis e de comercialização, ainda que no último ítem, existe uma economia de 20 a 30% porque os Moueix são os próprios negociantes dos vinhos que produzem. A publicidade do Pétrus é quase inexistente; a raridade do vinho é sua melhor carta de visita. “O custo final da garrafa do Pétrus 2005 fora impostos e sem amortecer o preço do salão de festas, fica em torno de 30 euros”,

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